Jumat, 26 Desember 2014


Se soubesses desses calafrios e brios que invertem a ordem do ser
Que transmutam o querer
E me fazer assim perder me num mim
Que já não posso descrever ou desvendar em meio a tanta dúvida...
São espasmos de um esparramamento que precisa ser contido, centralizado e direcionado
Saber as direções podem ser mais de uma
Um importante é que a encruzilhada do meu sonhar
 não me deixe paralisada pela indecisão
Preciso de um norte consolação
Do eu pronto pra dançar por entre qualquer vão
E poder assim flutuar em ação, construção e desconstrução
Das experiências vividas
Com ou sem feridas
Que marquem apenas para fazer lembrar, chorar gargalhar
Qualquer passo que faça semente de se plantar
Regenerar e espalhar
Bons frutos com sorrisos que contagies
Abraços que alivie e palavras
Que no sussurrar respinguem

A suavidade da vertigem do caminhar decidido.

Kamis, 18 Desember 2014

desenrolar de coisas...

desenrolar de coisas
aspirantes flutuantes
encantadas talvez dissimuladas
são as coisas cantadas, mesmo que disfarçadas ou articuladas
se desenrolando
[
quando a ponta da linha que puxa
enlaça toda a energia boa
para trans formar novas coisa e pessoas
em pequenices adquiridas com o tempo que leva esse puxar de lã....

diante disso o omisso grito
se interpõe na estrada,
não cala, apenas se faz mas lento
para que o seu estalar
coincida com um outro que vem de lá
e nesse tilintar
de gotas que carregam as coisas para lá
limpam os brios para que comece a dandar
e traz nos seu meios arrepios que parece frio
e o calor de um olhar

o movimento des em rO...la~~
e dá pra se brincar
quando consegues-se atirar num dentro de acompanhar
e tentar guiar ou deixar se levar pelas curvas que o novelo se lançar

brincadeira de gato ou o perder de uma costura que puxa o pano recém

crochezado ei que o acompanhar das linhaas entrelaçadas desdezenham uma lida
pra em meio a outros nós se tornar mais comprida
e assim irrigada pela vida
a corda enlaça desenhos novos, variados reestruturados, ou até amarrados
para que a imaginação possa continuar a deixar des enrolar.

Rabu, 17 Desember 2014

DIZ solução


Então,
Para o que nos estabiliza e alivia hoje
É o sossego das correntes que parecem mais frouxas
Foi um passo que de demasiado demorado estagnou-se
De modo que o sentir daquele avanço
Se perdeu na falta de descanso
Que foi conseguir dá-lo

E nessa caminhada
Enfadonha e pressionada
O resignio do nada e do que são os risos e as lágrimas
Que não chegaram a aparecer depois de se livrar da cilada...

Eis que ao passo do novo enlaço
O percalço do desembaraço se deu no flamejar de um suspiro
Quase que leve, se não fosse por todas as ranhuras
Que esteve por desgastar a pele
A mente os olhos e as costuras

O estado de submergir que garantiu uma ascensão na submissão
Dos espectro que ronda a falta de vida
Desconstrói nexos
Se deixar levar?
 Se entregar? Superar!
enfim...
São angustias tantas em meio a uma superação
Que mesmo em meio a vibração do que parece libertação
A atmosfera continua a pedralhar os caminhos de descompassos
Que sigo em meio aos abraços e sorrisos que ão de contagiar
E assim desarticular essa estrutura da negação,

Onde para o viver, se diz não.

Rabu, 10 Desember 2014

a insustentável leveza do ser

aaaah
agora uns minutos para dar asas a imaginação
e deixa-la planar nos abstratos momentos e intentos que invento
a medida que a memória tras junto com vento
sintaxe de palavras ao relento querendo
transformar o tempo
então assim sossegada
sigo largada a sorte
e olha que esta estava virada de ponta cabeça
mas não deixou que o coração se perdesse
e dessa forma o sorriso permaneceu
pois este adormece no meu eu com o lembrete eterno de não me esqueça
sorrir no leve flutuar ou pesado cair
apenas rir, fazer o que
deixar as coisas acontecer
pois o que tiver de ser vai ser
por isso danço, canto e descanso nos meus risos surpresa
aqueles pensamentos que planam com a leveza de me transportar
para outro ar
para poder gritar, correr, e pular
não deixar que os olhos alheios prendam o luar
que cresce com o sonhar
deixar vacilar as pernas bambas alongando o ser no dentro
dispor sobre os tormentos
e tornar a sentir intentos dos contentamentos que é viver
como semente
dormente ou ascendente
pronta para nutrir um novo ente
para colorir o porvir polinizado e espalhado
contagiando sempre, a sorrir.

Rabu, 26 November 2014

A oscilação da subversão
Quando o tempo te diz não
Não há segundos pra respiração
Apenas pra aceleração no sentido oposto
Da vontade que se quer
Do momento de se ser quem é
Pois que a corrida, cansa
E traz os calos
Que em meio a dor
Apesar do sentido tato exaltado
O corpo todo fica desconfigurado
Junto com o sentimento largado de lado
Em que o atropelamento do tempo não
Deixa formar o momento
Carrega como vento na tempestade
O agora, a idade, a mocidade e a escolha
Pressionam a natureza torna-se caçador
De prezas alheias que continuam fugindo dele
Que com sua destreza
Faz aparecer a certeza daquele que tropeça
Nos atropelos dos passo tumultuados
De que o tempo esta andando lado a lado
Quando na verdade ele é a sombra do despertar que se dá
Àquele acordado.

Kamis, 13 November 2014

Inspirada pela criança de Manoel de Barros



Bem, é que o sumiço é a mistura do enguiço com feitiço
O desajeito dos pássaros omissos
Que deixam apenas o silencio no ar
O feitiço vem da desconfiança do seu desaparecer
Pois que apena há o não vê
Pois a canção continua a ressoar
Fazendo navegar os barquinhos no mar de lágrimas
Que o perceber da falta faz
E assim esses papeis transformados
Vão levando sonoridades surreais
Para que a existência que o traz
Monte sorrisos de quem vive em paz
E percebe que as ondas vão e voltam
Podendo se brincar de pula-las
E percebendo que nos pequeninos grãos de areia
Voltam apenas aquelas estranhezas
Que gostam de grudar no pé
E escalar mentes despertas

Para descoberta da simplicidade.

Selasa, 11 November 2014

Afeto mental



Então, é como contar um historia desconexa
pois que o pensar em você
São lapsos da memoria que trazem imagens soltas no espaço
Desligada de qualquer sentimento voltado ao seu ser
ao mesmo tempo que minha mente
Insiste em te trazer
 por perto de querer essas imagens compreender
E desmembrar
Mas assim como é o contraditório do amar
Não quero que isso fique a pairar no ar
Evito o pensar, e desconheço
O imã que repinta esse mistério de um olhar

Aproximação sim, outrora cogitada
Mas que hoje, apesar de me deixar agitada
Algumas imaginações maliciosas minhas que suas atitudes me inspiram
Eis que as palavras que aqui uso pra tentar des escrever
Esses sobrespaços que me dominam

transpiram esse cheiro que se faz prolongar
Ao mesmo tempo que apenas paira de vez enquandooo no ar
Deixo passar, largo ao vento a semente
Mas ja que conseguiu que a insinuação do meu
Preambulo  pela cogitação não existente persistisse até aqui
Restou-me chegar a intervir por mim
E pra o adiante sobra o deixar fluir
Pra saber se esse sentir desmente
Ou continuará dormente em palavras
Ou navegara e desmembrará horas vagas
Que ao surgir
Tornarão ocupadas mais dessas estradas
Enversadas e cheias da presença sua
Me acompanhando por entre essas ciladas
E desinventando as cogitações assopradas
Que agora nuas\tuas e domadas.

Minggu, 09 November 2014


Ciúmes
É como o cume de um gostar egoísta
Que se mostra em angústia de querer
Aos invés do outro que fosse você
Aquela que estivera por perto
E por isso o tempo inquieto
Traz saudade e uma vontade de não soltar
Ao mesmo tempo que o ego
Diz-se ser artista
E esconde esse doer
Para que este não afete
A não vivência
Para poder no pós viver
E com isso fica o omisso
Gosto amargo da posseessividade
Que instiga a vontade
De querer ti só pra mim.

É ausência em meio ao abisso.

Sabtu, 08 November 2014

Jumat, 07 November 2014

passando


De passo em passo se vão os percalços
Ficam apenas enquanto tropeço nos laços
Que prendem a atenção e enrolam os passos

Há quem diga que são desmedidas
As andanças que faço na vida
A mansidão com que encontro a saída
Mas não existe na vida
Pensamento que não ocupe espaço
Por isso continuo carregando
Lembranças que ficam assombrando
São fantasmas que brincam de paralisar
Mas inspiram o meu caminhar

São suspiros que parecem tormentos,
Porém  ao contrário do que pensam
São aqueles olhos atentos
Repletos de sentimentos
Que não deixam a vida passar por passar

Se deixa levar, desaguam quando tem que desaguar
Afinal não dá pra evitar os transbordar
Diante das coisinhas que fazem rir ou chorar

Apenas há de se perceber
Que as coisas são como tem que ser
E se não são ainda,
Podem chegar de mansinho
Desabrochar e passar-se como ninho
Que acolhe o próximo ponto de partida
Mas não deixa de ser de forma alguma

É que as vezes surpreende pelo tato
Que o percebeu no ato
Ou desapercebe-se de si e deixa passar
Intacto, disperso e como simulacro
O percurso que é desde o cavar o buraco
Até  o fruto que nasce doce ou amargo
O processo que se perde, aí as coisas soltas
Assim como palavras no vácuo
Acabam formando outros embaraços
Dá sombra ao que se radiou durante o ato
e é por isso que as pessoas permanecem
desligados, desconectados e desconcertados.
Atropelam os detalhes e as medidas

Que constroem o mapa da vida que se tece. 

UM VOTO PRA PREGUIÇA




A preguiça é a premissa das coisas que se tornam infinitas
E permeiam e limitam o suspirar da vida
Te deixando com a sensação de estar sem saída
Cansada de ser perseguida 
e não poder desenhar e pintar sua própria lida

 é a pausa pro sorriso largado
em meio ao triste cenário

Pra restabelecer o  equilíbrio
Ou apenas esquecer o que é tudo aquilo
Que lhe dizem que tem que ser
É uma estagnação do padrão
Vontade de se largar e apenas sentir o chão.
Se plantar gerar outros ãos
Como a imaginação, a canção, a solução,
Consolação, não ação 
que permita a desobrigação

È apenas o paralisar/desdobrar dos membros
Em protesto diante de tamanha confusão.

Selasa, 21 Oktober 2014

Adoro coisas “pequenas” que me deixam tão feliz quanto coisas que poderiam ter uma dimensão maior... (ogidneM)



O movimento sutil que de repente surgiu
Transformou-se no sorriso que abriu
Assim como uma flor com o toque leve do orvalho
Como se o toque dos lábios arbitrários
E dessa forma me seduziu e proporcionou os prazeres
De como se aquele tivesse sido só o início dos dizeres
Que levariam ao silencio dos corpos entrelaçados

Ahh, quão feliz a sensação dos dedos em minha mão
Tocando de surpresa o meu sonho
Despertando meus olhos para um outro plano
Que presenteou-me e preenche meu coração
com a simples lembrança dessa ação
E o momento daquela visão
Matando saudade dos sorrisos de extroversão
Pequenas peripécias flutuando na lentidão

Do entorpecer provocado pelo
Sol e o azul dos olhos céu
De mansinho despertando os sentidos ao leu
Que Converteram depois todas aquelas imagens
Em figurinhas guardadas naquela caixinha
Que gosto de abrir na memória
Para me deliciar com os suspiros

Dessas histórias...

Senin, 20 Oktober 2014


Variadas premissas (para Qila)

Os questionamentos são vários
As inquietações e abstrações
Invadem, inundam imagem e ações
Congeladas pelo vento frio que
Corta e carrega a cada assobio pedaços do mim
Solto pelos percalços do teu não enlaço

E assim leio
Nas respirações de suspiros e enleios
Um transe que não dá mais pra sustentar
Que guarda um sentimento que
Não dá pra conter e simplesmente esconder, pois
Que sua existência precede da necessidade de dizer
De ti querer, e por ti sofrer
Quando dos verbos inanimados
E dos poucos juntos estados
O Desdobrar de um vácuo
preenche os intervalos mal formulados
Aonde surgem sem querer e de forma descontrolada
A instância de persegui os escombros
De ti em mim grudados, que parecem estar bem guardados
Pois que na consciência da autodestruição que causa
A aflição do que ta comprimido prestes a explodir

Eis me aqui a escrever para um dia quem sabe tentar entender
Que diabos de sentimento, e quão grande é essa influencia
Que permeia o seu ser.
Desmontada (para Qila)
Assim,
Desmembrada pelos sentimentos
Que reviram os momentos passados
Deixando o gosto amargo de tua ausência
E a resiliência de quem vai se aproximar
Para essa angustia acalmar

Separada as partes que ficam a planar
Num astral de nenhum sentido diante da distância
E falta da fala
Onde o intercalar do silencio nesse espaço
Traz apenas o tormento,
Pois que a mente fica a desvairar-se pela ideia que pretendeu ser
Mas num consiste nesse desconhecimento
Que se constrói

E assim, simplesmente assim
De mansinho... a falta dos abraços
Sufocam a ausência do olhar
Que estrangula o verbo não dito
E desviam o meu querer
Espalhados, os sentidos buscam reviver
E estabelecer uma conexão com o real
Para do desequilíbrio mental
Voltar no si a ação e noção
Do tempo que se esvai no mito
Pois que este,
 faz transpirar como num grito
O amor que ascende
Pela memória sua
E pelo incidente
De não poder te ver.

Kamis, 26 Juni 2014

PA LA VRAS

Palavras piadas
Brincam de roubar risadas
Safada ou sensatas
Palavras safas!

Extraem de si aquilo que quer
Expõe o não visto e deixam
Rolar as interpretações
Ficam de migué
Brincam de bem me quer

Despertam as lágrimas, gargalhadas
Sussurros de ciladas
Nos prendem
Amarram os sentimentos?
Liberam os sentidos
Arrancam tormentos?
Malvadas ou benditas palavras?

Aaah, palavras soletradas ou não,
No silencio?
Brotam! não adianta estão por toda a parte!
São fantasmas que assombram a imaginação
Fazem brotar canção
Desmontam a relação
Modelam a tentação..

Aaah palavras como soam tão belas
Embaladas em poemas
Poemas piadas
Pois liberam o gozo de passar
De letras que se encaixam
E conseguem arrancar suspiros, gritos, giros,
Reflexões, tesões, distorções
E passam

Palavras dadas, desdenhadas, desenhadas...
Caladas, roubadas, sopradas...
Ébrias palavras!
Infinitas e taradas!

Terríveis criaturas
Que incorporam aquilo que querem
dominam as mulheres
Os homens então... palaaavras...

Com seu som de sotaque
Ou com aquele ataque
De raiva com que são lançadas
Atingem, sempre! alcançam a todos
São armas!
Aaah pa la vras!
Brotam, mais rápido do que qualquer semente
Mesmo dormente, sonolenta
O que seja,
Disparam em frases, versos
Refrão ou silêncios
São espelhos que refletem o que querem
No vão

Oh palavras!
Não sabes ou fazes de propósito arrepiar
A espinha da alma quando soltam essas suas gargalhadas?
Sutis, letras febris, desesperadas, acalentadas

Apaixonadas errantes
São apenas o gosto de jogar pra cima e exibir em rima
Mesmo que despojada e distante
O tudo, o todo, o nada, o vazio, não importa,
Sua função é ser imã.
Despojar a vida em um divã.


Senin, 16 Juni 2014

Enleio

Escrevo enleio
Apenas leio o que foi escrito naqueles momentos
Que quando releio trazem tormentos
De uma ausência distancia
Ao mesmo tempo que felicidade em pura
Instancia da constância

De sentir num bem que transborda
A cem quilômetros/ por segundo
Porque foi assim no seu mundo
Que no sentimento profundo mudo
Se deu as cores que pintaram as flores
Sem delimitação ou borda
Brotaram no coração junto com as dores
Dos remanescentes espinhos da lembrança
Que brincam em ciranda de ir e vir
E me deixam meio assim com vontade de dormi
Pra poder em sonho te encontrar assim
E dessa forma poder gastar a noite a descansar e aí
Tranquilamente e meio dormente
Mas alegre de tanto rir
Levantar e logo conseguir
Seguir sem me despir das lembranças
Nem deixar que suas tranças me enlacem
Para prender no tempo
Dessa forma aquele tormento
Passa correndo
Pois que sei, e os sorrisos sussurram
Que aquelas energias ainda circulam
E são bem saudáveis e continuam nos ligando
Mesmo que essa ligações sejam improváveis
Segue a canção em suma menção
Formando outras imagens
E assim vou dançando contente
Por continuar a sina ardente
Em lida de outra direção
Em cerne de diversão, perambulação
Apenas para construir nova intervenção!



Minggu, 25 Mei 2014

Tendência


Ardência ou carência
Talvez uma dormência dos sentidos
Engolidos pela história do coração
Trancados em outra dimensão
Ou apenas perdido em meio
Ao tempo que não o transformou em canção

Ausência?
Desligar-se das tendências
Desviar-se nas insunuações
Perder-se em solidões
Esquecer como são os passos
Que andam sincronizados
Pelo tempo do perto que faz surgir o entrelaçado
Curtindo a espera do amargo
Sabor de experimentar o amor
A tanto tempo desnutrido
Esquecido, adormecido
Figura nos desejos uma solução
Permeia por entre a escuridão
E se faz brotar por meio dos vários
Ritmos vãos
Da dor ao consolo compartilhado
Ao léu do céu estrelado de interrogação
Talvez apenas uma cogitação,
Uma possível criação da imaginação do que seria uma
Satisfação em plena sintonia dos tons passageiros
Com um lento enleio do devotos
Sentidos corriqueiros
Que se prestam a desarmar-se
E fragmentar-se ao meio
Tornando tudo do próximo
Estado de imagem
Um gosto doce de saudade
E uma métrica de plenas
Catarses circulando
E flutuando
Quem sabe despertem
A harmonia por aí.
Apenas voando?



Adicionar legenda

Sinto falta da poesia
Que assim anestesia
A tristeza da primazia e a
Vertigem da alegria

Faltam as rimas da agonia
E versos de simpatia
Cores de sentimentos
Flores do momento
Chão de palavras
Em harmonia
...

O silencio que não cala
Reverbera a ausência da calma
A cilada da alma
Que se faz acalentada
Mas por trás da ala
Das musicas sutis
Dispara os vícios febris
Do vazio em balada
Escorregando pelo vácuo
Deixado pelas soltas letras
Que não ousam armar-se
De risos ou lágrimas
Permanecem caladas
Para economizar vozes sussurradas
E deixar com o vento o tormento
Dos sutis  intentos que contornam
As cortinas cálidas
Dos dias.

Kamis, 13 Maret 2014

ONOMATOPEIA DO SILÊNCIO


Aos avessos transversos da realidade
As palavras se encontram vencidas
Totalmente homicidas em seu uso
Por quanto o desuso se torna mais apropriado
Do que o ditado que reproduz sem sentido,
sem gemido ou sorriso
Qualquer que seja esta que transcende a boca
Apenas para agradar a louca vontade de se ouvir
Dizer coisas bonitas e enfeitadas, enfim
Que não querem dizer nada
São apenas vozes esparramadas
Que refletem apenas os ecos
Que de tantos se propagarem
Tornaram a repetição uma mecanização
Que perde toda significação
Não chegam a virar imagens tão pouco
Querem ser ação,
Perdidos sons sem imaginação,
Ausência da sensação

O que é mesmo que se quis (diz)?

Que o silencio acalentem as bocas
Que ousam difamar e vociferar
As palavras rocas
que se desintegram na falta de
ar, falta de mar
de dançar, de gritar,
abraçar, beijar, acalentar.
Ficam loucas.
Apenas por falta de amar
não amor...
Porque o verbo em silencio se expressa,
Sem pressa se espalha no aqui e acolá,
Se você consegue sentir o que há
Tocar e chorar, sorrir, simples assim
Sorrir para contAGIar
Sentir, dor... também,
Pois as lágrimas precisam escorrer
A pele das faces alheias a fim de lavar
Dessas areias a frieza destes ditos quebrados
Transformados em mitos
Para que os músculos todos se contraiam
Em várias caretas
Sem que se esconda de soslaio
Os belos sorrisos que gozam dessas treitas
Que querem apenas libertar-se
Das palavras
Se soltar para dar sim,
Muitas gargalhadas
E dessa forma singela
Com ou sem ela
Fazer existir tudo aquilo
Que puder se sentir,
E espalhar tudo aquilo que faz rIR

Então, aí sim!
Serão àqueles fins
Que são os que enxergo
Em olhos que brilham no ego
Daqueles que se jogam
Aos afins, dos confins
Para que as letras virem legos
E construam apenas o movimento
Das danças ao vento.
Com olhos, boca
Nariz ouvido e tato
Tudo, só  coM+ATO.


aTiNgOcNi – 07/09/13