Kamis, 06 Oktober 2011

deserto


As estradas estreitas se prolongam e ramificam

Como raízes de árvores contorcidas

E todo o chão se distingue apenas com as marcas deixadas de rastros

O desenho que se forma não vira uma árvore, porém uma espécie de onda

Que mancha a areia que flutua ao vento

A água que acompanha os passos

são as nobres gotas que escorrem com o secar dos arredores perdidos em miragens

Que guiam a caminhada pelo deserto

Caem lenta e continuamente, rara, porém, consegue alagar e matar a sede dos

Brios que seguem retirantes projetando um reflexo real

E enquanto o movimento do vento carrega e dispersa a areia

apagando o tracejar do passado aos poucos

A luz quente que insola e seca, e cria a resistência, mantém as

Figuras imaginárias para que no entardecer

De uma noite gélida

As formas tornem em sonhos a resguardar-lhe a fronde

E se juntam a luz de pontos luminosos mais lua

Para no infinito alcançar o desejo do realejo.