Kamis, 26 Agustus 2010


Escombros...

Esmagada por pedras que pesam cada vez mais e desarticulam aos poucos cada músculo

Paralisa e emudece

Sem gritos para um socorro

E uma dor sufocada a estrangular

São entulhos que se arranjam especialmente sobre a cabeça

Fazem pressão

Desarmam a noção de vida

Para enterra-lhe cada vez mais profundamente

.... por cima de suas vontades...


Tomam o ar

Roubam espaços que poderiam servir para

Um sopro um alivio

De uma extensão de estar ali por mais alguns minutos

Sabendo que esta desfalecendo a cada segundo de invisibilidade

Não se percebe da morte a lealdade, que lhe mostra

As possibilidades

De um ser que podia se mover, podia falar, pensar...

E que acabara por atrofiar a sua existência.

Selasa, 17 Agustus 2010

Água



Gosto da água em seu cheiro insípido,

do inodoro que se revela em chuvas na terra molhada ou duma queda d’água

Gosto do seu barulho que parecem prantos tímidos

Quando daquela garoa de inverno... fina e fria.


Ou quando de um verão em sol ardente

Brota do nada como se numa explosão de sentimentos repreendidos

Achasse entre as nuvens um pequeno buraco

Por onde jorra com intensidade enquanto pode se desaguar

Alagando e irritando dos mares a rios e correnteza

Levando tudo por água a baixo.


Ou ainda das quedas profundas que se submetem

A se jogar em rochas quebrando a solidez destas

Disfarçando-se em paisagens diversas

Esconde do olhar a sua força

Fica na sombra destas para não dar conversa


O barulho então é uma melodia insana...

Parecem passos correndo numa tempestade

Choro de criança numa cachoeira

E verdade quando brotam dos olhos, mudas

Despertando gritos em notas agudas.

Melancolia



Presando pela felicidade e sorrisos

que lhes façam se sentir confortáveis em suas dores

As pessoas almejam sempre aquelas risadas de mascaras prestes a se desmanchar..


Preferem ver da face o vulgo mostrar de dentes

A enxergar na face bela

As deformações de uma dor que pode ser a sua...

Talvez por medo de ser render a dor alheia...

Ou por não querer atrair o sangue a sua secreta ferida

Ou ainda por não precisar demonstrar das falsidades

a qualidade de solidário fingindo perceber a sua existência


O pranto é sempre mais forte do que risadas e gargalhadas...

Ambos contagiantes

O primeiro cortante

O segundo entusiasmante

Mas, as lagrimas lavam as tintas de faces esticadas em publico

Revelando a beleza do sentir e pensar e querer algo melhor

Mostra não só a melancolia de um ser,

Mas também a ânsia que esse contorcer provoca

Por se demorar em esvair.

Kamis, 12 Agustus 2010

decomposta


a paz desconcertada do meu inteiro ser se
desfaz em lágrimas pelas ondas de severa bagunça
de pensamentos que contaminam meu dia
fazem do complexo raciocinar um vazio
sem deixar uma lembrança em marca para recomeçar
agita todo o corpo desmaiado
pela alta dose de contradições
expostas em diálogos sutis
que pensam comover um rato assim como uma presa sem dentes...

e como uma barata enojada de sua própria gosma
move-se sem cabeça por ai
definhando enquanto seu alimentos
a circundam, sem se alcançar
aquela fonte de inesgotável ideais malucas
que preenchem os intervalos inóspitos

sigo alucinada com a ausência de sons odores em flores
e sentindo do tato a carapaça firme suportando dos pés esmagadores a pressão...
porém uma panela de pressão.

Rabu, 04 Agustus 2010

perseguição



Conturbada com o assustar daqueles pesadelos

Defasada por uma memória perturbada e perdida

Na escuridão da loucura de seu pensar

Tudo gira sem se mover e apenas começo a correr..


Sigo num rumo da inquietude levando das paisagens

as roupas vestidas

deixando de pista um fino arranhão que se alastra ao me seguir silencioso

sem que perceba da sua extensão

o ambiente coagulado gruda

a mesmice que se encaixa em verdade

driblando assim das novidades

como a esquizofrenia solta

em frente da não liberdade


risadas derrubam-me com os pés em terra firme

brincam, de mim fazendo um vazio

e deixam a mensagem dizendo que aquilo

o diferente e não intrigante itinerário

é apenas uma utopia de quem se perde em fábulas mitos e histórias em livros

sem saber da verdade a situação

de quem realmente caiu e vive em alçapão

Deixando os dias para trás...


O olhar distante paralisado

Sugere momentos roubados pelo tempo

Que levou o passado sem deixar presente

Restando um breve futuro...


Os detalhes se perdem no caminho

A memória revive um desalinho

Projetando das imagens de um filme apenas o trailer do que fora


As verdades não ouvidas

Foram sentidas na

pele deixando marcas que hoje não se escondem nem mesmo a olhos de cegos


Sua voz carrega o desgaste e o peso das canções

que ressoara em seus ouvidos como trilha sonora daquele percurso inacabado

que deixaram seus rastros no assobio do vento

Que com dificuldade aviva aquela alma incandescente

com poucos pedaços de lenha a se queimar em seu redor


A experiência trás do reflexo o que não conseguiu ver

quando claro e agora se aponta no escuro da solidão

Os passos lentos indicam que da longa trajetória

ainda restam o leve devanear pelo que já se foi

e a espera de ir junto com seus pensamentos

Para um lugar distante onde pensas descansar

de sua vida morta se desfazendo em inquietude parada

E deixando daquela sabedoria que achara adquirir

Apenas um grão de areia

que sairá pelos ventos a se perder num deserto de esquecimento.