Sabtu, 17 Desember 2016

Amor Latente

amor latente
sentimento insistente
que fica entremente
a surgir em memórias
histórias passadas ou projeções

amor latente
que mesmo estancado a ferida
gosta de chamar de amor
aquele que já não faz parte
da sua lida
e fica dormente,
na mente
no cicatrizar...

ah, aquele maldito olhar
que faz até mesmo o desejo brotar
no intervalo das horas...

amor latente,
é esse amor gigante
amor da minha vida,
amor intrigante
que se instalou num dentro
profundo
de modo que
pode passar um furacão

e revirar meu mundo,
mas lá no seu cantinho,
esse amor mesmo que pequinininho
desgasto ou devastado
continuará firme e forte
com seu ninho
no meu peito
para que
a lembrança surja efeito
de sorrisos e lágrimas
a esparramar (spa rama amar)
Conseguir sobreviver a uma grande ressaca da vida, é só para os imorríveis!
Para uma ressaca da vida, só uma fatia de melancia para tentar disfarçar de forma muito e ineficiente a dor que é viver cada segundo intensamente, sem se arrepender de nenhum passo.
Afinal de contas tem que ter um riso, mesmo que seja só a sombra desse em imaginação projetada,
Para não deixar que a vida do nada
Te passe uma rasteira que te jogue no chão
Sem deixar sobrar perspectiva para nada.

Mulher Nua

A mulher nua
É aquela que se despi como se tua
Mulher nua!

Não se trata de falta de vestes
Ou desejos por partes que não a remetem.
Esses são Invenção/imaginário controlado
Por ideias implantadas com descaso
Do que é ser mulher, mulher de fato.


Não a nudez breve, nem de superfície
Essas foram criadas para que houvessem fetiches.

Há nudez de profundidade que os olhos
Fechados submergem e ultrapassam os
Limitados sentidos da imagem.

Imagem que não é o ser presente,
 nu, na sua frente.
Pois essa é a distorção idealizada
de outros comércios que sobrepõem a sua visão dormente/doente
Que só passa a enxergar, e talvez.
A mulher rente,
Quando de olhos fechados e entregue em mente.

Mente entregue de perceber o corpo
 com cheiro
tato
e saliva
Mente entregue
 de aceitar/adorar aquele corpo
 mutilado de feridas
De quem a feriu pela
cegueira da insensibilidade de vê-la nua, despida
Com suas feridas…

Uma nudez desvelada,
Quando se inicia de um quase nada
Que é o vivenciar o agora a cada segundo
Submergir e descobri um particular mundo
Que se esconde/mostra escancarada
Através do corpo corpo inteiro e profundo
Com seus tremores suspiros, gemidos e sussurros
Eis a mulher nua!
Crua!

Mulher que nunca vai ser sua.
Mulher que é de si guardiã regida por lua.
De entranhas misteriosas que mostram e se entregam de fato
Apenas aqueles que descobrem ou querem saber
O que é uma mulher nua.

Então se ti deparas com uma mulher em pouco pano,
Larga mão de ser idiota e reproduzir pensamento insano
Que o devaneio do corpo,
De desejo profano,
É profundo e requer o despir seu primeiro
De todos esses enganos…
Preconceitos, inverdades, panos sobre panos
Que o iludem com uma imagem
De uma mulher despida
Coberta com burca
Que você sem busca
Nunca saberá por onde começar
A tirar os tais panos…
-atingocni-
Fazer nada é a mesma coisa de falar na existência do silêncio.
-atingocni-