Selasa, 23 November 2010

FALTA



Engraçado como a falta pula como bola quicando sem rumo

À medida que perde o impulso

Estranho como a ausência faz com que a presença se torne imaginário composto de fantasmas

A falta que leva a um vazio que se preenche de medo

A ausência que deixa a solidão tomar conta de forma descontrolada

E meiga de forma que pedidos sutis aparecem e desaparecem...


Estranho quando o presente é presente e a desventura de tê-lo a torna distante...

Afasta-se do presente, para ficar presa no passado... destruindo um futuro...

Acordando monstros...

Despertando perguntas sem fim... não terão respostas.

Surgindo do impulso um sim... lhe transforma em fossa.

Subtende-se da falta um desejo imerso em sombras

Enxerga-se apenas o sorrir criado por uma fantasia momentânea

Que no fim sempre trazem lágrimas insanas.


O desejar de outrem lhe afasta

O repudiar do outrem lhe arrasta

A indiferença então ultrapassa as linhas da racionalidade

Lhe fazem criar vontades..

Sentir saudades.


...


Enquanto que a adoração, da mente desperta

Das mascaras imersas

Os orgulhos de mentira,

a inversão das verdades.

Senin, 15 November 2010


lágrimas torrenciais insípidas
que saltam com o despertar
das essências espalhadas pelo ar
como fragrância roubada
de alguma rosa sombreada...

lágrimas que gritam com intensidade
de um tocar de lábios
e o leve umedecer de salivas contaminadas

escorrem por ruas vazias arrastam, carregam os vazios,
destroem os frascos sem brio
evacuam por nuvens cinzentas
sem que estas se desmanchem e mostrem das luzes a origem.
lágrimas, lágrimas, lágrimas!
são sorrisos ao avesso escondido
no silencio das gotas pingando
são batidas velozes de um pulsar
estrondante que assusta os ouvidos
e viram melodia para aqueles de olhos dormidos

são lágrimas que deixam dos poros em posição de defesa,
mesmo sem tocar,
é água que dissolve o tempo
em pensamentos,
traduzindo em momentos
assim que começa a molhar.