Jumat, 07 November 2014

passando


De passo em passo se vão os percalços
Ficam apenas enquanto tropeço nos laços
Que prendem a atenção e enrolam os passos

Há quem diga que são desmedidas
As andanças que faço na vida
A mansidão com que encontro a saída
Mas não existe na vida
Pensamento que não ocupe espaço
Por isso continuo carregando
Lembranças que ficam assombrando
São fantasmas que brincam de paralisar
Mas inspiram o meu caminhar

São suspiros que parecem tormentos,
Porém  ao contrário do que pensam
São aqueles olhos atentos
Repletos de sentimentos
Que não deixam a vida passar por passar

Se deixa levar, desaguam quando tem que desaguar
Afinal não dá pra evitar os transbordar
Diante das coisinhas que fazem rir ou chorar

Apenas há de se perceber
Que as coisas são como tem que ser
E se não são ainda,
Podem chegar de mansinho
Desabrochar e passar-se como ninho
Que acolhe o próximo ponto de partida
Mas não deixa de ser de forma alguma

É que as vezes surpreende pelo tato
Que o percebeu no ato
Ou desapercebe-se de si e deixa passar
Intacto, disperso e como simulacro
O percurso que é desde o cavar o buraco
Até  o fruto que nasce doce ou amargo
O processo que se perde, aí as coisas soltas
Assim como palavras no vácuo
Acabam formando outros embaraços
Dá sombra ao que se radiou durante o ato
e é por isso que as pessoas permanecem
desligados, desconectados e desconcertados.
Atropelam os detalhes e as medidas

Que constroem o mapa da vida que se tece. 

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