Minggu, 26 Juli 2015

Poque tem coisas que a gente não esquece...
só adormecem
ficam ali guardadas
até que um dia são despertadas

uma música, um cheiro,
um jeito de falar
ou o beijo, o lugar!
Tudo muda,
mas o que marca e
é de importancia fica
pra sempre lá

Nostalgiazinhas que às vezes vem pra te fazer chorar
de suadades ou vontades
e outras aparecem pra fazer
reavivar o prazer de viver
e rir sem querer...

coisas bunitas, miudezas de momentos leves flutuantes
por mais que pareçam voar pra distante
estão como que amarradas no dedão
pra lembrar como é bom ter os pés
de vez enquando fora do chão.

de cabeça pra baixo
despindo coisas que caem dos bolsos do coração
quando vira de volta
sente falta de alguma coisa...
deve ter ficado pelo chão
ou acharam/roubaram e ai foi parar
no fundo de algum bolso alheio
de outro coração.

Rabu, 22 Juli 2015

BIO CONSTRUÇÃO


Buniteza essa de se encontrar em meio a um lar
Um bem estar de formiguinhas operárias
Que delineiam delicadamente o contorno do coração que habita
Deixando sempre suas paredes suspirarem e deixando
Transpirar toda a emoção de montar seu próprio lugar
Sempre aberto a visita

Uma casinha, várias mãozinhas, risadas e lama
Misturadas com gargalhadas e boa sujeirada
Voltando a infância resgatando o importante de sentir no tato
O barrro.. modelar, brincar, ensinar, compartilhar
Coisa linda de se ficar a querer espalhar

Vamos construir nosso lar!

Pisando na areia e argila
Com aquela sensação de cantiga de roda
Daquelas das antigas
Que faz girar e movimentar
Pra lá e pra cá

De reunir pessoas bunitas
Afundar os pés descalços na água e argila
E ouvir o plocs plooocs de bolhas de ar saltando a nos contagiar
A dançar e ritualizar esse momento de colocar a mão na massa
Sem deixar de ter a cabeça nas nuvens e pés no chão
Viva a bioconstrução!

Emoção sem descrição.
Se quer saber como se nutre e colocar tijolinhos
De mais espaço na armação com energia positiva
constante regendo a lida
só precisa de cuidado, carinho
juntar as medidas,
e lapidar a casa viva

Tem que ir e se entregar a sensação
Pés descalços e mãos no chão
Lameira que reflete sorrisos de antemão
Fazer arte no rítmo da canção

No fim o prazer de ver a mansão
Ecoa um UUAUU! de supetão
Que descreve apenas em vogais
A dimensão do que é voltar
A se conectar com a Terra
E valorizar os processos
Que acumulam conhecimentos de tradição
+ tecnologias e traquinagens em equilíbrio
Com o sol, vento chuva,
Cor da terra, e matéria.

Do que ta perto, que se aproveita
E não joga fora, dá o poder da transformação
Ao despertar a imaginação.

E diante desse ritual,

Só resta gratidão!

Senin, 13 Juli 2015

amar infinito


Acho que amar é
brincar de bem me quer
querendo o ter bem
no perto ou no longe apenas expressar o gostar do alguém

no ir e vir de coisas chatas e bobas
até as memórias mais encantadoras e hipinotizantes
um gostar eterno que num se dissipa em instantes
permanece por mais que surja momentos errantes
de raiva e de dor, desagrados implicantes

é uma real ação para com aqueles que se sentem bem
de lembrar apenas desse bem que é o ser gravado
espelhado e almejado pra contagiar e esparramar um pouco mais de bem estar
cuidar mesmo de longe no ficar a olhar, reparar
como se realmente estar, abraçar.
Sorrir sem esperar que esse ilumine o olhar
mas que desperte um suspiro pra começar a melhorar
inspire um recomeçar
sei lá

acho que amar é flutuar!
Numa nuvem de energia positiva
semear boas perspectivas
mesmo que num tempo de intento desconexo
por mais que pareça complexo,

um simples brincar de se expressar
para contagiar as pessoas só com o olhar
de suspiros danças e cantar
criar uma música para cantarolar
em dias de sol brilhante
ou de nuvens a garoar
que seja um gesto de apertar,
aproximar, multiplicar

gargalhadas e zueiras para na memória
mais tarde aconchegar, fazer suspirar,
e até saudades deixar.
Tem também as lágrimas que devem se deixar rolar
lavar o rosto e manchar
elas servem para nos reconectar
quando algo de errado ou pesado
contamina o ar
dai então começar a repensar
um momento de refletir
e então seguir
começar de novo a contar...

um dois três, e já.
Prontos para uma nova dança começar.

O importante é se deixar levar
pelo rítimo das batidas do coração
que por mais que possa bater um pouco forte e doer muito
ser um tormento ou desalento por um tempo,
são fragmentos de uma lição
é a vida, não adianta dizer não
o não , o desprendimento,
e o evitar pode trazer o só desabitado.

Por isso, deixo e componho
no amor, no sonho, amor risonho
amor se pondo, amor dado,
amor aflorando sementes a esparramar.
AMar!
 
È fácil:
primeiro você tem que respirar,
sentindo o ar, percebendo cada sentido.
a cada paço que dar
(Olhar, e ver
tocar e sentir,
cheirar e aspirar
degustar e saborear
ouvrir e escutar!).

Tem que transpirar, para desintoxicar e muita serotonina
para agitar.
Dai em diante é só deixar acontecer,
o que tiver de ser vai ser,
mas, você tem que crer e compreentender:
no abraço, no sorriso, e nos descompassos
ingredientes importantes pra que cada segundo
não seja um vazio no espaço.
Perceber o outro para se ver,
e tabém parar um pouco e pensar
aquilo que pode melhorar.

Acho que meu amor é infinito
apesar dos gritos e estrangulamentos que vem
de vez enquando na surpreza dos fremitos
porque acho bunito
e acho que é isso que faz crescer
no dentro o contruir e desconstruir
daquilo de se deixar pra lá e aquilo que faz florescer
o ser!
semeando e observando o crescimento das plantas
é que aprendemos as condições melhores para elas se desenvolverem.
E assim somos parecidos
se não plantarmos nada
nada haverá de ser colhido
e eis que a fome pode ser o grande perigo
daqueles que não conseguem soltar o grito,
viver por mais agito.
Amar até o infinito!

Kamis, 09 Juli 2015

Ingratidão (para Qila)



Quando a música se encerra, o silêncio te esguela e chuta-se um coração.
Como se a menória do outro fizesse questão de apagar toda uma história da visão e percepção,
tiram o valor da emoção, do lado bom de dançar tal canção.
É esmagar e destroçar caminhos que não eram para ser vãos

Uma insensibilidade daquele que parece sentir apenas com o dedão,
Que lembra apenas da última topada
e abandona todo cuidado anterior, tratado como um nada
promovendo uma desconexão e certa indignação...

Trás o pensar e refletir se vale a pena, se se dedicar ou abalar tanto
por uma pessoa que descarta as notas da canção
Mas, vale pois tudo é uma lição

Apesar de criar na ausencia dessa memória,
jogada e escarrada no chão
a péssima sensação,
de que cutivar amor gigante
não é coisa de se gerar grão,
pois esse tras tristeza, desprezo e no fim uma decepção.

As lágrimas que corem em meio a esse rio,
chegarão no mar frio em que esse brio
será lembrança de amor estrangulado por um fio
deixando o coração que não se agita mais
para tais que viram os olhos, e distorcem todo sentido
de uma construção que se habita

Porém, é do que permeia um ponto final
pois o desmanche da melodia
faz do silêncio a compeensão do que lhe faz mal
e distingue o que é e não é vital.

A maioria das pessoas não conseguem perceber e vislumbrar a amplitude e beleza da paisagem, só a pedra no meio do caminho que se torna obstáculo intransponível e de insensibilidades contagiantes, estagnantes e crucificantes.

Kamis, 02 Juli 2015

Desamparo

Se paro ou não paro, fico.
No estado inerte de quem na expectativa
se mete a ficar a deixar que a vontade do prazer
fique nos ouvidos a mal dizer

várias premissas omissas, esquisitas, inventadas
quase que diagnosticadas
se perdem por conta da falta
que a saudade faz sentir

o cuidado de querer-te aqui..

aqui. no perto, na ânsia de conversar
para alguma curiosidade sanar
Enquanto seu silêncio isento ao meu tormento
me faz por dentro chorar e desaguar
por conjeturar a possibilidade ou não de ser
teu bem querer
diante do contraste
da imagem que ameaça:
o desapego teu X minha esperança enganada

Medo de ti perder ou ânsia de ti ver?

Inquietações víboras impulsivas!
que transbordam jogo de uma menina
que não mais acredita na dor de amor
pra poder gozar e se sacrificar

Mas uma mulher que acredita no sentir
que dá origem ao porvir do cuidado do eu
para não me deixar ir por aí,
e assim o bem estar garantir
com ou sem ti
para assim conseguir enfim,
no silêncio do coração, dormir.