Rabu, 20 April 2011

veneno


da peçonha implantada em minha mente
com o perfurar de suas garras o meu ventre
destilara toda saliva a servir-te vinhos aos lábios...

enrubesceste meus sonhos com o sangue corrompido
e regado a lágrimas
responsáveis pelo brotar do desejo insano

preenchera a face, a carne/alma do liquido volátil
que aprisionara em recipiente de cristal
Cristal que reflete o amargo brilho
das insondáveis canções
com o vibrar de vozes a ecoar por nós....
em estados diversos do ar a expirar ao sólido do prazer
consolidado com o tato dos olhos e olfatar dos sons
intercalados de uma presença longínqua...

foram tecidos como armadilhas desarmadas pelos seus pés
que caminharam para o salvar-se pela eloqüência
das partituras que soletrara para que
o espelho assimilasse a ilusão de um vazio que se apossa de ti/mim... nós.