uma viúva sem se casar

De repente o coração para!

no que pareceu alguns segundos

estático, volta do nada, no susto

de não alcançar o rítimo da mudança....

dispara!

Ao poucos a respiração,

o retoma o seu estado de sanidade

e em meio a conquista da tranquilidade

sussurra silenciosamente uma antecipada

saudade.

Mas, daquela saudade que parece

que já há anos de idade, por essa distância

que se tornou maior só no imaginar

uma viúva sem se casar

risadas e lágrimas a contentar

o feliz e o infeliz de não estar.

Uma parada cardíaca

dos sonhos que passam a se desmanchar / recriar.

- 31/05/16

Sadomasoquismo

são sensações de lirismo

pura falta de arbítrio

na hora de sentir os gemidos/ fremitos

e guardar no mais profundo dos gritos

o aconchego das sensações...

são olhares, sorrisos, toques,

trejeitos e cheiros

guardados em coleções,

arrepios em saudações!

memorias em contemplações!

detalhes que alimentam

a memória sensitiva

para aquecer e fazer estancar

qualquer ferida.

acalentos que forram a lida...

e no contraponto da partida,

vem o vazio dessa comida,

que vez em quando consola e anima

ao mesmo passo que trás falta e desatina!

Desalinha e alinha.

Faz zigue zague de um eletrocardiograma

de quem tem aceleradas batidas

de percussão

enquanto as altas impressões

arrastam o momento numa lentidão

sensações, sensações, sensações!

fica ali,

cada vez mais parado.

viciado, se retroalimentando da falta

encostada nos momentos do passado

pra no prazer dos arrepios

suspirar de mais delírios

ao passo que esse realimentar de memórias ao vento

vira e revira e fica... faz sentir frio!

Fomento daquele fome do momento

abstinência do próprio veneno.

minutos do desperdício

do tempo omisso

lento, lento

espasmo de intento/tormento.

Eis que o cultivar,

do tato ao cheiro o rastro

tras arrepios sombrios

se paro e sigo o lastro

e me deixo perder nos deleites que foram aqueles passos

pra fazer a pele em mal costume desse orgasmo.

arrepios de um contato exato, contato conectado

.transpirados e acoplados

de olhos fechados...

as memórias cocegas

que ficam a me cutucar no soar de som

ou flash no ar .

Transmutam o tom.

Mas, se pá

sinto mais uma vez para degustar

e depois, deixo passar.

A caça de novas sensações

para armazenar.

Alimento da alma a dançar!

É um prazer que faz reviver

e ao mesmo tempo trás um doer/sofrer,

Um ruminar das sensações,

para em hora certa, em pelota,

expelir a prosa,

ou poesia ignota e torta,

que faz desaparecer tormento deixando

apenas a boa lembrança no ar:

Amar!

30/05/16 - eu

nunca tive filho, mas acho que escrever (poesia) às vezes é como um parto! aquela agonia, aquela gestação que demora... e quando nasce é aquela alegria... alívio! tá vivo! rs

Sem Terra

Sou sem trra
sou de guerra
armada com palavras
e idéias que visam construir
uma vida com terra
amor, autonomia e alegria
parra que não precise viver na agonia
de gritar
e em seguida sofre opressão..

sou sem terra,
pois luto pela era da revolução
pela prática da educação
formação do cidadão,
ou melhor,
humano com paixão
por fazer cada uma de suas coisas...
paixão pela irmã e irmão
que vibram pela liberdade de expressão

Ter criatividade,
ser a coletividade
viver daquilo que se quer que seja
dos sonhos a realidade
para construir aquilo que lhe dá vontade

Ter prazer em acordar e saber
que o ontem e o que incomoda
e transborda de injustiça,
está por se transformar e mudar!

Pois, sou Sem Terra
sou humana
quero ser aquela que aama
e vive do amor
sem a dor
de vr pessoas serem tratadas
como coisas sem sentimentos,
sem históia, e sem seus momentos
transformados em nada.

Por isso sou Sem Terra.
E estou pronta paa lutar
e fazer a minha parte para movimentar
e ccultivar sementes de novos valores na tera

Plantar a autonomia, coletividade,
soberania, e sorrisos a vontade
Para como árvores
oxigenar esse planeta
e dissipar esse gás tóxico
que é o agronegócio
que só trás desgraça e miséria
aqueles que estão na miséria,
estamos em guerra.

Salvar o povo,
nos salvar do imperalismo
e do capital
que só quer saber de tratar mal
atropela mata e destroí
sem igual
e através da orça brutal alimenta
uma alienação comercial.

P.S.: atingocni, 13 de fevereiro de 2014 durante VI Congresso Nacional do MST;

saudade = suspiro de alegrar!

Aprendi a preencher
os vazios da saudade com o prazer
das lembranças/momentos que carrego como presentes.

saudades num dói,
 Constrói uma memórrazinha boa
de resgatar de vez enquando
aquilo dormente que se sente
 para a alma avivar e lembrar que vale demais da conta amar!
Suspiros de alegrar!

Memórias sensitivas bem alimentadas
para num mais tardar de frio
as lembranças servirem pra esquentar.
Amar, amar, amar!Lembrar para acalentar.

Sensações alinhadas com o aprender e perceber.
 assim a falta num faz casa de sofrer
leva pra longe qualquer doer
com o respaldo e a proteção
de quem se arma de amor que vale
apenas por ser, cada um que seja o momento
de ter.
Não pode ser tormento.
É alento pra viver!