Kamis, 29 Juli 2010

RESÍDUOS



Um frasco cheio e fechado

A substancia densa evaporou com o tempo

Com a volatilidade de um éter que se espalha

Sobrou o recipiente seco e esgotado...

Guardado a deriva de ser preenchido

Com o mesmo conteúdo

Um pretexto para mantê-lo por perto

Que pode ressuscitar a qualquer momento.

Restaram os cacos de vidro da sua queda

E agora sem que possa ser preenchido

Me livrarei desse ex-receptáculo

Que guardara a essência que pôs-me em um sonho

Sobrando apenas do vento o odor

Que provoca a minha mente em lembrá-lo

Mas sem rico de tê-lo por perto

Pois o mais que siga o cheiro perpétuo

Que me adorna

No final de caminho acharei um outro ser

Uma outra substância

Substância imiscível e que se capaz

De se misturar

Não haveria frasco para comporta-lo.

CADÊ?

as palavras se perdem entre as folhas do caderno

o escrito salvo em poema

se perde entre folhas em branco que mascaram a existência de algum sentido naquele texto

a procura torna a lembrança daquelas letras cada vez mais escassa

enquanto de pagina em pagina seus sons ressoam em eco...

o conteúdo dispara na memória

mas está fragmentado e sem ordem..

se embaraçando

ao descobri o esconderijo daquelas palavras soltas em versos

descobre-se da importância as estrofes que se formaram e da irrelevância que o versos

mostram com todo aquele delinear de estilos conservados.

Jumat, 16 Juli 2010

Insensível


Sente-se o vento

Descreve-se o seu complemento

Seu movimento, sua intensidade

Sua força de destruição e delineação

Olhando para o céu azul

Sem nuvens ou em arco-íris de nuvens em diversas refrações,

Enxerga-se apenas o que é elemento, objeto não palpável

Que tomamos posse ao denominá-los céu mesmo sem saber dos seus limites

Respira-se daquele ar apenas gases sem abstrair deles o cheiro que torna a perplexidade possível e o encantamento inevitável

Os sons flutuam e atravessam os ouvidos que filtram o barulho

Ensurdecedor se esquecendo de achar no silencio a melodia do teu existir.

A morte rubra



Das lágrimas a cor rubra

Vem a manchar aquele cenário preto e branco que em sombras aparecia com seres a se movimentar lentamente de encontro ao outro

O sangue que mancha a figura imóvel ressuscita o personagem que a fizera sangrar e toma conta do cenário aterrorizante.

Dos lábios frios e cálidos o sopro gélido coagula o liquido viscoso e faz da paisagem um colorido que mistura dos tons alegres aos tristes...

Desaparecendo em seguida por se afogar nas memórias inundadas

com o doce sentir do desespero em pranto.

fantasmas



a casualidade com que suas palavras me encontram assombram-me e desestabilizam meus sentidos
mesmo com a distancia que aumenta entre com as barreiras e é acelerada pelo tempo que parece querer levá-lo de mim...

as palavras evaporam
como o seu perfume das minhas roupas
e voltam num sussurro de calafrios que parecem fantasmas
querendo me empurrar de volta para os seus braços.

tanta coisa nova aparece e acontece, mas no vai vem de ondas
as suas marcas são trazidas para terra firme
e fazem brotar água da cachoeira que secara após ferida semi cicatrizada

ferida essa que sangra tempos de tirar-me a vida...
e que agora jaz com uma segunda pele
fina quase transparente que se rompe a cada
memória rebentada com um sopro da sua aparição

tremores, suspiros....
seguidos de uma friagem que paralisa a espinha,
o corpo
a alma.

Rabu, 14 Juli 2010

Criticar...


Insinuar em ti a integridades e no outros uma monstruosidades..

Olhar da mentira em uma verdade dizer da verdade deslealdade

Dissimular de ti aquilo que lhe pertence

Transfigurar em sombras de outros personagens aquilo que carrega contigo em recantos obscuros dos quais não se dá conta...

Dizer e querer que tenha uma verdade a sua história e não aquela outra, a mentira

Ludibriar por meio de entonações ofensivas ou privilegiadas, com meia dúzia de palavras aquilo que reflete no espelho dos seu olhos e que só podem ser enxergados por outrem pois os olhos dos próprios só visualizam o que desejam que os seja

Ou simplesmente mostra que de um tudo se tem um pensamento sobre uma observação de sua visão...

Só reconhecemos aquilo que em memória ou experiência nos pertence de alguma forma.

Invisíveis


Diagramas que ilustram figuras inconstantes...

Desenhos que desmontam palavras com um sopro e inserem na mente sentidos inesperados..

Imagens que vibram com olhar e não são sentidas pelas mãos...

Figuras que nos rodeiam em Constancia sem se quer serem percebidas...

Densas descrições passadas em branco pela falta de um conceito prévio, de uma pé avaliação, de uma pré discussão

E pós admiração.

...


Sem rumo desorientada...

As palavras fogem...

Tudo gira ao meu redor em alta velocidade e o segundos são poucos diante de uma decisão

As palavras voam... desaprendo a usá-las, esqueço das vontades... desaprendo a s conveniências.. escolho o que me parece ser mais fácil... e o caminho ilusório que me parece agradar

Em meio a uma multidão.. várias pessoas que lhe agradam e poucas que se identificam.. muitas que lhe deixam confusa...

Sem um sim sem um não...

Sem uma decisão...

Cega de inexperiência..... confusa com os sentimentos

Irritada com as conseqüências.. escolhas são necessárias...

Tirar delas o melhor...

Perceber delas o pior...

E transformar o silencio num grito dizendo não ao que lhe contradiz

E sim ao que lhe assume o animo.

Sabtu, 10 Juli 2010

Conceitos


As palavras nomeiam...


Dão nome as coisas para podermos chamá-las...

Mas quando se trata do abstrato como conceituar??

Mentira: palavras que descrevem situação irreal?? E o que é real??

Aquilo que nosso cérebro traduz de forma tão individual que sendo assim não poderiam existir verdades e mentiras, julgar alguém por dizer algo que você em sua cegueira ou mundo diferente não enxerga, isso é uma mentira??

Verdade: palavra que descreve o que se deve dizer o que se tem por correto diante de uma situação onde exige se descrever exatamente como elas são

Mas, como é que elas são?? Será que são realmente??

Classificar indivíduos em sinceros e dissimulados é dividir em grupos distantes pessoas que dizem aquilo que querem e condizem com aquele pequeno mundo que lhes pertencem

E dizer que todas elas só devem agir e pensar de uma única forma...

Unificar idéias...

Criar padrões...

E extinguir imaginações.

Kamis, 08 Juli 2010

Inquieta


Sufocada em gestos e palavras que não são pronunciadas..

Ando de um lado ao outro procurando um motivo para pensamentos tão fugazes...

Tão dispersos...

Quero saber o porquê e ao mesmo tempo quando penso nessa pergunta um vazio se abre

Onde elas estão...

Continuo andando e o silencio avança sobre a minha mente perturbada criando situações insanas...

Imagens estranhas, sem musica, sem beleza...

Tudo de pernas para o ar...

Tento então falar... onde estão??

Palavras mudas ou vozes surdas...

O silencio continua a desfigurar aquela realidade disfarçada...

Paro.

Dou um passo lentamente tento não fazer barulho para não chamar atenção...

Mas, por mais que eu não possa ouvir os próprios gritos..

Estes soam como sussurros a ouvidos alheios

Que agarram as palavras como se fossem prêmios e depois ficam ali com elas sem saber a utilidade ou o porquê da existência destas

Manifestam então uma vitória por estar ali possessos de todo esse peso

Mas não sentem, não absorvem, nem mesmo decodificam os sentidos que as expressões de cada palavra entoada liberam em sua mudez.

Selasa, 06 Juli 2010

Faces aos olhos



Lagrimas destituídas de sentido sem rumo, mas com um motivo

Sorrisos vacilando para rostos estranhos dissimulando cada sentimento que perturba minha mente, enquanto disfarço da forma mais vaga em olhos latejantes aquilo que queria te contar, mas não cabe em palavras transformar

Caminhando pelo interminável caminho de lembranças em ausência

Desconfiguro minha face em pranto

Por estar perdida e não saber como esconder de ti essa angustia e transtorno

Que me fazem cair e afundar cada vez que me afasto

A mente não funciona a cabeça dói tudo parado enquanto ando apenas com palavras

Tudo correndo e fugindo enquanto paro no vazio que preenche o espaço deixado por você

Pessoas que não percebem da mascara a sensibilidade transparecendo em forma de criança que saltita sem poder ficar quieta com aqueles sonhos pesadelos cutucando seus pés intermitentemente

O silencio desses momentos então soam como ensurdecedor desatino de zumbidos

que brincam com a fraqueza de minhas forças rendidas a ti;