Minggu, 01 April 2012

“Onde está o conhecimento que perdemos na informação?” T.S. Eliot





As coisas que aparecem 
se mostram ou escondem por trás das sombras da realidade
que se resume a um cotidiano cego de agitações externas 
contagiando o ser humano 
Com sua desfragmentação dos fatos lançados ao vento
Aspirados no ar que impregna e se instala com angústia
Desmontando o ser pensante a cada dia,
Juntando apenas o raciocínio inútil que constrói
Pretensas pessoas
Desumanas que aos poucos deixa de ser

são máquinas, passam despercebidos para o mundo mecânico
deixam de sentir, não sabem mais de nada
se ocupam do vazio de buscar informações alheias a si que em nada de si diz
Ou resolve
Só amontoa

como grãos que colam em uma superfície molhada
e secam. Viram estátuas modeladas pelo tempo que não passa mais.

conhecimentos do desconhecido
que nada serve, que nada é
Apenas monte de palavras organizadas para que ninguém entenda
E para que todos se sintam
Ignorantes
diante de tanta descoberta vazia
o vazio que preenche os corpos e amontoa os sentidos
que deveriam perceber as relações que os envolve
porém, os sentidos estão tão esmagados, em parte ínfima da gente,
que não acha poro por onde escapar

desaprendem a expressar o eu,
porque o eu espremido, num deixar ser
Acaba nem sabendo de sua própria existência.