Selasa, 16 Februari 2016

olhar entregue

Olhar entregue
Olhar que diz mesmo
E num tem pra quem negue
Brilha incandescente num sorriso
E contagia com menos que um guizo de palhaço
Só de imaginar a criança por trás
Da sensação espontânea que distrai
Olhar que acompanha o corpo em dança
Se lança,
Desembestado sem timidez ao contemplar
E tagarela mais do que a nega do leite pode
com palavras falar
Não mente. 
Olhar insano
Nem de puta nem de santo
Entrementes...
Olhar livre Que vê e fala
Acompanha o estado da alma
“Tudo vale a pena
quando a alma não é pequena”
E nesse compasso de admiração e encantamento,
vida plena!
num há nem como disfarçá
quando é de muito contentamento.
pois que ao se espaiá, 
já começa a contaminá
está pra além do tempo!
Olhar que também denuncia o tormento
É ele quem diz qualé de mesmo do momento
Olhar serelepe silencioso.
Esse é um ou o mais gostoso!
Que fica a observar e contemplar
Coisas pessoas, movimento
E no dentro,
Deixa reinar o silencio.
Que depois na mente deixa impressa
Alguns fatos ou contratempos.
É o mesmo olhar distante
Que fica a mirar o mesmo ponto
Por mais tempo do que o tempo do contraponto
E voa livre por sobre as coisas visíveis,
Fica a se rir ou saudar pensamentos indizíveis
Perdido ou encontrado
Na imaginação que brinca de desenhar
E desfazer belas paisagens ou o borrão...
Coisas do coração.
Olhar entregue é esse 
Que se encontra com o outro e declara
Numa mensagem mais do que clara
O que há de haver no dentro
Olhar serelepe serelepe
Que não quer saber de fechar janelas
Nem quando a chuva ameaça
Pingar dentro e anuviar algumas visões..
Deixa o sol entrar sem restrições
Quer colorir ao máximo as sensações!
Se agarra no simples pé do sentir
e não larga dele
fazendo imprimir as emoções 
alheia que às vezes nem é pra saí
é segredo de status 
que tem que seguir convenções.
nessas horas o olhar intimedece
as palavras assim se arrefecem
e fingem buscar outra opção
desviar a atenção 
pra driblar percalços
de encabulados ou não 
compassos musicais da vida.
é isso: o olhar não consegue 
deixar de refletir
a beleza que é o contemplar de sentir
cada miudeza ao redor
sonora, tateada, cheirada ou
observada!
Num quer saber de nada,
só de suspiro e marmelada.
é o olhar que se perde
nos passeios que fica a dar
quando a realidade ou o sonho se põe 
a encarar
Olhar entregue 
e ai daquele que não pegue
a fisgar a intenção
dessa música que é de cantarolar
deixa passar a oportunidade
de um pedacinho pegar
de leve
pra conhecer essa nova canção.
aí, deixar o olhar se esgueirar
por aí a arrancar piscadelas de 
conexões fluidas de reciprocidade
pois, que o olhar envelhece também
e a idade carrega nele
um longa vivacidade
e por mais sem vergonha que seja
na real, te deixa ver só uma brecha
do que você pode com mais atenção
encontrar grande lição
ou chegar ao pé do que se deseja.
olhar que desenha suspiros
para lá e para cá
navegante em auto mar!

- atingocni- 12.02,2016



lombra


Entorpecente.

Quase dormente

A sensação rente

A paralisação imaginaria

Que na abertura do nada começa a jorrar

Todo tipo de carta armada de sentido, sentimento, sonho...

Nada.



Proponho.

Mais uma letargia da agonia

Da impressão canção

Imersa no vão

Formigamento que reverbera,

Palavras, tonturas e devaneios

Sem ação...



Entorpecentes que inalados

Sobem aa cabeça flutuante

Liberando ditos calados

E letras errantes

Reverberam instantes, e mais..

palavrar errantes,
entretenimentos estruturais.

12.02.2016 (manhã)