Selasa, 29 Maret 2016

Meu bem, meu mal



Meu bem...
quando se pensa no além
do que é o sentir tanto no perto
ou no longe inquieto
vontade de desvendar seus espectros
e compartilhar até mesmo aquilo
do ficar quieto a silenciar e olhar
um degustar que contorce e invade entranhas
numa cocega estranha
de quem quer se entregar
despertar o si no outro
romper contornos

meu mal....
quando o longe a falta
se mantém discreto
e o vazio simula um deserto
de coisas não ditas ou feitas
ou palavras feridas
 desferidas
em dias de um perto
que se rejeita
e desenfeita todo o carinho
que é ninho
desfeito nesse disparato,
espinhos destoados

meu bem, meu mal
meu bem-mal
posso esperar em
ti, pouco a pouco desvendar...

há uma fina camada
que me permite mesmo assim estar
querer ficar e encarar
mas é uma camada fina
que pode se desgastar
e nesse meu infinito gostar,
 meu bem,
ai de mim que nesse vai vem
posso aos poucos não conseguir voltar

meu bem, meu mal
meu coração é como que um cristal
de forma informal,
se derrubar, e não o lapidar
logo ele inverte a lida
o pó se espalha no ar
e o amor assim derramado
se impregna em outras ondas do mar
segue a vida
e desfaz os laços,
se deixa por outros sons carregar.

- atingocni - (29/03/16)

Fecho os olhos

Fecho os olhos.
Encosto as janelas.
Descanso as cores
Para deixar as sombras sussurrarem
o despertar de sensação que mostram
outras percepções...

Fecho os olhos.
Para olhar no dentro,
e enxergar no centro
o que é que tudo isso colorido
significa no preto e branco
que a semi luz de outros sentidos
transborda códigos obsoletos no peito.

Fecho a porta!
Na hora que não quero
que a luz de grande intensidade
anuvei as paisagens...
que vejo...
para nesses lampejos,
 não me perder em ilusões

Para espiar com pouco mais de ar
do quanto os pulmões precisam para
aguentar tanto suspirar, superar, transformar,
É um despir de transpor mal fazejos
maus desejos, desjeitos, trejeitos,
processar os medos,
e tapar-lhe os bueiros para não deixar ele escapar
e se espalhar por aí...

Fecho as janelas de vez
Para não dá vez
ao desespero de querer tagarelar mais uma vez...
disparos em altivez
premissas não ensaiadas
disparadas..

Aperto bem os olhos
crio pressão interna de fazer girar as cores
e odores...
 suprimir temores...

Para no abrir devagar
no sobressalto da curiosidade
inspecionista que quer ver além
do que cobre a vista
nesses alongamentos de horizontes a perder de vista


poder flutuar no seu devido lugar
sem muito impacto, e para não calar
Aquilo que no silêncio das mutações solares
aquilo que vai transbordar em olhares
e divulgar em entre lares
mensagens articuladas e proseadas
para aqueles  que espelhem luares
de se parar para contemplar,
a permissão do pedir pra entrar
sorrisos prontos para abraçar.


atingocni - 28/01/16

Minggu, 27 Maret 2016

os olhos nos permitem colorir as paisagens de dentro no admirar-se com o fora, as sensações palavreadas.. quando fechados deixamos que essas cores em tato, cheiros e sons eleve essas paisagens a outra dimensão onde as palavras não alcançam a sensação.

Sabtu, 19 Maret 2016

RITINHA


Ritinha leve e exata
De pés descalços na mata
Nos contrapontos diverte e inverte o sentido
Todo da palavra inerte
E nos seu paços de menina serelepe
Palavreia
De bonitezas as miudezas que lhe são breve
Propõe traços reinventados com simples letras que
Desfaz o embaraço e diz com tato
De quem se arrepia a cada vez que espias
Os sussurros flamejantes da harpia
Momentânea da lembrança
Momento ou percepção

Ritinha pele exorbitada de canção
De inquietude tranquila que paira nua em seus desvãos
Moleca que brinca com cores amores
A sensação, se entrega sem dizer não
Vive o que é de viver do coração
Amor de ação
Palavras contemplação ou sugestão

Menina mulher
Ritinha quer como que delinear como
Que em pontas de pés olhar de quem entende o viés
De se tá no vento rodar e dançar,
Sentir o momento.

Rita levemente contemplada
Me trás sorrisos e dispõe de  mim
Os tinos que desatino em silêncios versados ou
Apena em subconsciente viajados
quando Escorrem arrepios de meus brios
Me traduzindo de outros rios
Reinventa no sorriso um sim/ jasmim
De vida sentida, sentidos experimentados.

soa como um benjamin
desenha coloridos de quem se faz habitada.

Trovoa


O que fazer com tanto amor?
pergunta que ainda me atormenta
me deixando meio lenta
quando paro pra pensar no tamanho das coisas pequenas
que foram todos os grandes momentos que ficam
com ou sem forma serena
infiltram...

ficam!
o que fazer com esse amor?
amor que não me matará mais de dor
 pois que passou o torpor
de tamanha paixão que paralisa,
deixa nos suspiros infinitos os calafrios
e brios
ter um coração assim
em mãos alheias sem saber do inicio nem fim
desse sentir que se apronchegou
e se instalou,
nem sequer avisa
ronda os contornos e me passa rasteira
acha uma fresta e habita

o que fazer então desse sentir
 que é um friozinho do espaço que fica em aberto
em meio a esse por vir
exalando uma falta que permeia o querer estar perto
a curiosidade do inverso
 e o desmonte de todos os versos
até então doados com desgaste de retalhos
outrora descosturados....

cogitações que ressuscitam
 certas inquietações
e a cada momento
 somado trazem mais interrogações
tormentos...
 e as mesmas vozes gritam
a mesma pergunta
o que fazer com tanto amor?

guardar no bolso embalado em distrações
para que ele fique solto por aí a se reinventar?
Deixar se renovar com um perto para mais emoções
desconcertar um pouco e acordar
esse meu estado de leveza
e deixar que o experimentar mais e mais seja
a destreza de conviver e destrinchar os loucos
suspiros a se somarem com mais estes olhares e sensações
que se acumulam em camadas
que ficam depois nas imaginações?


só sei de uma coisa...
esse meu coração hiperativo
gosta de aumentativos do sentir
de modo que a leveza mesmo
que seja de um carregado de amor a fluir
tem o mal costume de chacoalhar tudo
e se alimenta de um bater de cabeça para baixo
deslocando sossegos, memórias,
inquietações, prazeres e até os percalços
para dar continuidade ao samba de crioulo doido
que fica a reger mudo

e no ter
que reagir, decidir o sim
os pensamentos vem e voltam nesse vão
até então sem resposta

em meio a esse reviravolta a tontura e embriagues
da volúpia do desejo e desafio que me assola
deixarei a música tocar
e se assim continuar
que essa música versada
seja a porta de entrada e o fim
desse mundo
duvidoso que só se resolve
com a experimentação
viver no compasso que mandar o coração...


P.S. ao som de Trovoa de Meta-Meta... Qila.

Selasa, 08 Maret 2016

mulher


aquela que é o que é
quando quer
e quando não quer
pois que a história vem a mascarar o
que é o corpo e o ser mulher

com mil máscaras apreguejadas
sempre com imagem mal falada
tem-se um fundo de inveja retardada
e uma súplica de mal amadas almas
que fazem de objeto trajetos
dejetos empurrados
e montados defeitos
que subestimam
força e personalidade deixadas de escanteio
forjada por opressão
que submete seres sem meio
de onde estar e ficar
o jeito é recriar

refazer e sublinhar aquilo
que desagradar
não deixar no ar nem passar...
se armar
pra se amar
deixar-se ser das vontades
ser e ser
pintar sua realidade
ser sua personagem
mistica e esculturada
por sua própria vaidade de bem estar
nada de agradar
deixar estar!

levantar, se vestir ou despir
cuspir na cara de quem ousar não se redimir
e assumir o machismo intrisseco e amarrado
que fomos culturados
a aprender em todas as lições
da infância para seguir padrões de submissões

chega de inverssões!
são outros valores a serem formados
de pessoas que são pessoas e a de ser respeitado
de mulheres mulheres do jeito que quer ser
mesmo que inclua dar pra todo lado
viva o prazer!
gozar e ser!

respeito é bom e vai ter que ser remoldurado,
ensinado e sempre lembrado!
dizer não!
não aceitar a vil situação
que as vezes passam como normal mas
são maldades de inquisição.

mulher mulher mulher!
ser o que quer
preza o bem estar seu
nada de migué e quer ou não quer
se achar ruim,
manda embora esse que não é seu
e chega de achar que amor é
aceitar tudo que homem diz é meu.

mulher mulher mulher!
faz o que quer!
e vamos virar de ponta a cabeça
esse jogo de patriarcado e machismo
que desmoronará
apenas quando as mulheres
se imporém como mulher!
nada de mercado objeto ou serviço
domesticado sem divisão de trabalho!

seja o que tiver de ser
seja você
viva o prazer
e goze o crescer e florescer da vida!
construindo a própria lida...

(P.S.: a revisar)

- atingocni - 08/03/2016

Senin, 07 Maret 2016

Leveza do ser

a sustentável leveza do ser...
ahh, não se explica o que está
a me contagiar

mas seria como estar nua
numa nuvem a pairar, a observar
serenidade de se admirar!

um suave estar no agora vivendo o que tem pra ser naquela hora
sem ficar a me preocupar com o que passou
como sou ou como será
sendo o agora num bem estar
bem leve e sossegado
penso que por causa daquele bocado
de amor que agora fico a saudar

amor de contagiar e grudar
grudou um suspiro sem fim
de amor onde a dor
nao sei em que canto se enfiou
escondeu-se de mim...

sei que este breve estar de segundos
tem sido cada um, um grande mundo
onde tenho passado passo a passo
quebrando o silencio do que é sensitivo
que se apraz ao ser mudo ou lido
e derrama propositalmente
esse olhar e sorrir alegre
da mente e do coração
que parecem estar sintonizados nesta vibração.

que a atual sonata da vida
desperta do nada e deixa
tocar no leve das pontas dos dedos
o além que sobrepõe medos
e descreve apenas uma canção
com notas de uma voz tranquila
que com essas palavras entoa
por entre os soterrados eventos dissonantes
as linhas tortas de quem
se permitiu flutuar em onda boa
que desde então resolveu me carregar
eis o instante a se respirar!

- atingocni - 07/03/2016

Minggu, 06 Maret 2016

escurecer!
amar?!
como se ama um preto uma preta
sem saber da treita
que é ter na pele a cor negra
da exclusão que carrega
muita pressão e opressão
diante de um descaso desapercebido
nem sequer rompido
diante da domestificação de uma fala
ou quase identificação de uma cor
que não é clara.
se cala!
amar?!
como?
se o observar pouco
e ica-se mais presa no próprio voar
escorregando do que está na cara a gritar
o silencio que lhe foi amordaçado?

estilhaçados prejeitos automáticos!
reproduzidos, surtindo o mesmo
efeito sintomático de desprezo
daqueles que seguem na luta
para ter o seu jeito desmistificado
e abraçado,
porém paralisado.

distroços de um passado
entranhados
que continuam cortando gargantas com
o gosto amargo de ter
que engolir aquilo que não lhe foi dado.
atingocni - 18/02/2016

contradição

Suspeita!
para e fita...
deleita nos braços de alguém que se percorre
aos poucos e descobre
suavemente com afetos diversos
um pedacinho de como pode ser esse outro a espreita
que fluentemente palpita...
Para! a imaginação abalada
reflete sobre coisa inacabada
de conceito desfeito ou que começa com um defeito
que tropeça ao se desconstruir...

Um processo pra evoluir
por um instante leio assim
mas ai que vem os sentimentos
tormentos
que põe frente a frente
acontecimentos que te fazem
parar e pensar

será que é assim mesmo,
o que tiver de ser será?
deixar livre no ar
e deixar fluir o bem estar?

mas e depois, como fica?
o pois e os aquéns
que ficam reféns
da instabilidade que é
aquela vontade
de ter só um...
que talvez exclua
aquela primeira persona
que fica a inquietar-se com essa soma
não pelo contexto,
pois é desse jeito que essa pessoa acredita
amar amar e amar
nada de aprisionar

mas sempre tem os ais
e daí que ficam as questões vitais
em transcrições de egoismo
ou apenas pertubações

sobre algo novo que ainda
não se pode ter a mão
fica solto ao vento
assobiando e as vezes atormentando
o sonho alheio
daquele que fica a cismar no meio
a esse tal enleio
que é se deixar voar e presar
pelo bem estar do outro.
que fique solto!

mas tem o peso...
e se for isso que faz no caminho
o outro desprender e ir afastando
aos pouquinhos?

daquele desejo de ninho
que tinha com a primeira pessoa?
como isso soa?


uma canção dissonante que lateja
no distante
um apego flamejante
que uma preocupação válida
que chama mesmo as lágrimas
pela dor ou cansaço
faz fazer parecer
que ranca pedaço...

o dividir abdicar de ter no perto aquele momento pra si
e o medo de depois não ter nem o dividir
a quase facilidade de deixar ir
para fluir...
e a dificuldade de acalmar o sentir
pelas imaginações de um porvir
que aniquila o funcionamento
do ciclo.. fica no esquecimento,]que as coisas são assim
a momentos que parecem não ter fim
mas a hora sempre há de surgir
e nesse vai e vem de reflexões e re
flexões
fico entre os clarões
de luar a me inspirar e declamar silenciosamente
que na escrivinhança da vida
por mais que pareça dormente na mente

essas questões de entrelinhas
o bom mesmo é ficar na minha
e sentir a sintonia
que vai que essa é a linha
pra traçar o caminho que desenha um novo luar?
só me resta caminhar e arriscar!

- atingocni - 16 de fevereiro, 2016.