Sabtu, 19 Maret 2016

Trovoa


O que fazer com tanto amor?
pergunta que ainda me atormenta
me deixando meio lenta
quando paro pra pensar no tamanho das coisas pequenas
que foram todos os grandes momentos que ficam
com ou sem forma serena
infiltram...

ficam!
o que fazer com esse amor?
amor que não me matará mais de dor
 pois que passou o torpor
de tamanha paixão que paralisa,
deixa nos suspiros infinitos os calafrios
e brios
ter um coração assim
em mãos alheias sem saber do inicio nem fim
desse sentir que se apronchegou
e se instalou,
nem sequer avisa
ronda os contornos e me passa rasteira
acha uma fresta e habita

o que fazer então desse sentir
 que é um friozinho do espaço que fica em aberto
em meio a esse por vir
exalando uma falta que permeia o querer estar perto
a curiosidade do inverso
 e o desmonte de todos os versos
até então doados com desgaste de retalhos
outrora descosturados....

cogitações que ressuscitam
 certas inquietações
e a cada momento
 somado trazem mais interrogações
tormentos...
 e as mesmas vozes gritam
a mesma pergunta
o que fazer com tanto amor?

guardar no bolso embalado em distrações
para que ele fique solto por aí a se reinventar?
Deixar se renovar com um perto para mais emoções
desconcertar um pouco e acordar
esse meu estado de leveza
e deixar que o experimentar mais e mais seja
a destreza de conviver e destrinchar os loucos
suspiros a se somarem com mais estes olhares e sensações
que se acumulam em camadas
que ficam depois nas imaginações?


só sei de uma coisa...
esse meu coração hiperativo
gosta de aumentativos do sentir
de modo que a leveza mesmo
que seja de um carregado de amor a fluir
tem o mal costume de chacoalhar tudo
e se alimenta de um bater de cabeça para baixo
deslocando sossegos, memórias,
inquietações, prazeres e até os percalços
para dar continuidade ao samba de crioulo doido
que fica a reger mudo

e no ter
que reagir, decidir o sim
os pensamentos vem e voltam nesse vão
até então sem resposta

em meio a esse reviravolta a tontura e embriagues
da volúpia do desejo e desafio que me assola
deixarei a música tocar
e se assim continuar
que essa música versada
seja a porta de entrada e o fim
desse mundo
duvidoso que só se resolve
com a experimentação
viver no compasso que mandar o coração...


P.S. ao som de Trovoa de Meta-Meta... Qila.

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