Ai,que as partes se separam para montar sua imagem
E sorrindo mesmo pelo motivo dos pedacinhos
Juntarem sem minha vontade
Ao que tenho de miudinho aquela outra parte
Parte da cilada que desatina em imagens
Parte de desenhos que formam de um vermelho escarlate
Vermelho que pulsa de um despertar de relâmpago
Que ascende num instante
O coração que dormita
Por uma instancia de saudade regelada
E sem parar de mexer transita
Entre o bater de ter um pouco mais
E o correr para ter mais um pouco
E no jogo ainda de quebra-cabeça
Ainda que não mereça essa dança
De apertos sortidos de vãos e cheios sentimentos
A cabeça desatina com sonhos
Fazendo dos quadros
Aqueles que ficam colados
Na mente por uma eternidade
E no peito sempre latente.
Vê-se que desatino doente,
As palavras surgem fremente,
Atropelando umas as outras
Pois que na mente incandescente
Sente e não se mente
Quanto ao que sente
E por isso o confundir da gente é de não saber
se a pessoa silente entende
Quando amor soletrado se dispõe
A contaminar as sementes.