Buniteza essa de se encontrar em meio a um lar
Um bem estar de formiguinhas operárias
Que delineiam delicadamente o contorno do coração que habita
Deixando sempre suas paredes suspirarem e deixando
Transpirar toda a emoção de montar seu próprio lugar
Sempre aberto a visita
Uma casinha, várias mãozinhas, risadas e lama
Misturadas com gargalhadas e boa sujeirada
Voltando a infância resgatando o importante de sentir no
tato
O barrro.. modelar, brincar, ensinar, compartilhar
Coisa linda de se ficar a querer espalhar
Vamos construir nosso lar!
Pisando na areia e argila
Com aquela sensação de cantiga de roda
Daquelas das antigas
Que faz girar e movimentar
Pra lá e pra cá
De reunir pessoas bunitas
Afundar os pés descalços na água e argila
E ouvir o plocs plooocs de bolhas de ar saltando a nos
contagiar
A dançar e ritualizar esse momento de colocar a mão na massa
Sem deixar de ter a cabeça nas nuvens e pés no chão
Viva a bioconstrução!
Emoção sem descrição.
Se quer saber como se nutre e colocar tijolinhos
De mais espaço na armação com energia positiva
constante regendo a lida
só precisa de cuidado, carinho
juntar as medidas,
e lapidar a casa viva
Tem que ir e se entregar a sensação
Pés descalços e mãos no chão
Lameira que reflete sorrisos de antemão
Fazer arte no rítmo da canção
No fim o prazer de ver a mansão
Ecoa um UUAUU! de supetão
Que descreve apenas em vogais
A dimensão do que é voltar
A se conectar com a Terra
E valorizar os processos
Que acumulam conhecimentos de tradição
+ tecnologias e traquinagens em equilíbrio
Com o sol, vento chuva,
Cor da terra, e matéria.
Do que ta perto, que se aproveita
E não joga fora, dá o poder da transformação
Ao despertar a imaginação.
E diante desse ritual,
Só resta gratidão!
Tidak ada komentar:
Posting Komentar