Um frasco cheio e fechado
A substancia densa evaporou com o tempo
Com a volatilidade de um éter que se espalha
Sobrou o recipiente seco e esgotado...
Guardado a deriva de ser preenchido
Com o mesmo conteúdo
Um pretexto para mantê-lo por perto
Que pode ressuscitar a qualquer momento.
Restaram os cacos de vidro da sua queda
E agora sem que possa ser preenchido
Me livrarei desse ex-receptáculo
Que guardara a essência que pôs-me em um sonho
Sobrando apenas do vento o odor
Que provoca a minha mente em lembrá-lo
Mas sem rico de tê-lo por perto
Pois o mais que siga o cheiro perpétuo
Que me adorna
No final de caminho acharei um outro ser
Uma outra substância
Substância imiscível e que se capaz
De se misturar
Não haveria frasco para comporta-lo.