Minggu, 21 April 2013

espaços vazios


“As lágrimas começam aos poucos a cavar na pele
 um mesmo percurso a deslizar lentamente
pela lembrança que forma o buraco
agora ocupada pelas gotas salgadas

As pessoas ao redor não  reconhecem
o percurso nem as manchas do vazio
que perpassa a face inventada...
Do desaguar por dentro que incomoda
 e impossibilita o acompanhar dos movimentos
E assim ficam partidos os momentos
 que não conseguiram ser
Mais do que tormentos
Paralisando pernas e braços,
 e em sua rigidez
Permitindo que qualquer gota mais pesada
 deixe esses estilhaços esparramados no silêncio
Que invisibiliza o agora, deixando a tona apenas os lamentos
E suspiros desengonçados
 que surgem numa noite escura nublada por dentro
Embaçando as horas corridas, e as veias entupidas
Que tornam a circulação tão lenta
Que a letargia, permite o sono a vinda
Para que aquilo que ali coexistia
Permanecesse no sonho/pesadelo sem guia
E em meio a isso
O corpo apenas se esguia
Esquiva e fica
No transtorno do parado
Que por dentro grita!”

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