Gosto de gastar nas linhas as histórias não escritas para
fazer com que as palavras surjam para registrar o momento do agora e ao mesmo
tempo deixa-las voar.
Gosto de dispor do mim para soletrar calafrios que se
estendem a contagiar aquele que faz falta e por isso ocupa a mente que ressoa
palavras que não chegam a se falar
e no gosto úmido da saliva, as mordidas arrancam o que
desperta em memória um cantinho para sempre falar
Falar das coisas bonitas que as vezes se vão sem passar
desapercebido por causa do cheiro que impregna o ar
Ouvir os versos contentes de quem cospe aquilo que se instala
na garganta e deixa de se transformar em beijo
Rasga a face das cores que fazem brotar aquela insípida
emoção que garante a angústia de querer ver logo o que acontece
Sem esperar no que adormece, encontrar aquilo que no fundo
possa contrastar e revelar o que une as extremidades de uma corda que refaz os
laços para se manter mais próximo
E poder com mãos segurar suspenso naquele dançar, que começa
a plantar as palavras retiradas daquele rodopiar.
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