Gosto da água em seu cheiro insípido,
do inodoro que se revela em chuvas na terra molhada ou duma queda d’água
Gosto do seu barulho que parecem prantos tímidos
Quando daquela garoa de inverno... fina e fria.
Ou quando de um verão em sol ardente
Brota do nada como se numa explosão de sentimentos repreendidos
Achasse entre as nuvens um pequeno buraco
Por onde jorra com intensidade enquanto pode se desaguar
Alagando e irritando dos mares a rios e correnteza
Levando tudo por água a baixo.
Ou ainda das quedas profundas que se submetem
A se jogar em rochas quebrando a solidez destas
Disfarçando-se em paisagens diversas
Esconde do olhar a sua força
Fica na sombra destas para não dar conversa
O barulho então é uma melodia insana...
Parecem passos correndo numa tempestade
Choro de criança numa cachoeira
E verdade quando brotam dos olhos, mudas
Despertando gritos em notas agudas.
Ai tati,
BalasHapusque lindo!
Eu também acho a água, e sua forma de ser, na natureza, incrível!
BeijO