Escombros...
Esmagada por pedras que pesam cada vez mais e desarticulam aos poucos cada músculo
Paralisa e emudece
Sem gritos para um socorro
E uma dor sufocada a estrangular
São entulhos que se arranjam especialmente sobre a cabeça
Fazem pressão
Desarmam a noção de vida
Para enterra-lhe cada vez mais profundamente
.... por cima de suas vontades...
Tomam o ar
Roubam espaços que poderiam servir para
Um sopro um alivio
De uma extensão de estar ali por mais alguns minutos
Sabendo que esta desfalecendo a cada segundo de invisibilidade
Não se percebe da morte a lealdade, que lhe mostra
As possibilidades
De um ser que podia se mover, podia falar, pensar...
E que acabara por atrofiar a sua existência.