Sabtu, 10 September 2016

traça


Chegam a achar que sou traça
Que a qualquer livro aberto
Me lanço a degustação de palavras
Mas gosto de livros absolutos, livros achados


A estética me agrada mas,
Sempre abro ao acaso o dito cujo,
Para verificar se condiz o conteúdo

Me alimento de livros com cheiro,
Com recheios que me fascinam
antes mesmo de chegar ao meio
Capaz de me completar
Apenas com uma página a me deslumbrar
É impulso para querer vasculhar

Que me trás sorriso e
um reconhecimento despretensioso
Com versos ou proza a me alimentar
De suspiros ou surpresas a me contentar
Idéia e pensamento silencioso...

Gosto de ler nas entrelinhas
De ficar a admirar linha por linha
E se for livro pra me conquistar
Ei de começar a folear

Caçando página e mais página
Para me certificar
Que o enredo desse destrinchar
É degustável e de aguçar
Tato, olfato, audição e paladar

Daì, quando nesse nível chegar
Já era, o texto, no dado contexto,
Conseguiu me ganhar!

Os olhos ficam a brilhar,
A admiração e o contentamento
É coisa que não dá pra disfarçar!

Abraço! Se possível carrego.
Para que possa no dia a dia,
Usar dessas tais palavras
Para construir meu Lego

Alimentação saudável
É aquela que vem a deixar satisfeito
De com pouco, ou em doses homeopáticas
Te sustentar e ser durável
Seu efeito.

Tem que destrinchar o paladar
Em cada uma de suas partes
O doce, o azedo,
O salgado, o adstringente,
Ah, e o amargo.

O tanto que cada um desses
Marca a memória sensitiva
É a medida para decidir
Se enquadra ou não
Na tal dieta da traça
Consumindo sua vida.
- Atingócni -

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