Espio
aquieto-me porquanto o momento pede
silencio-me pois
minhas palavras ditas são apenas de tinta
para cobri papéis
brancos de preto
e descansar a voz
deixar que o sobejo
saia em forma de
entrenós,
estrofados
traquejos.
mas, espio!
Os olhos mais do que
nunca vigiam.
estes devem se
fechar de vez em quando,
mas estão atentos
brincam de olhar de
soslaio
fingem querer
pescoçar o outro lado
ou passar o tempo,
mas na verdade
quer enxergar o
outro canto
é atraído pela
beleza e simplicidade
como imã que atrai
bunitezas
esparramadas e
desapercebidos encantos,
sutilezas..
sigo a canção...
espio porque a
beleza é grande
de uma imensidão
que chega a gerar
coisa feia como egoismo
por querer os olhos
ficar a olhar
e a buniteza quere
tocar
ou pelo menos no
perto está
para um bem maior me
contagiar
então, espio.
Espio para assegurar
que a memória não se esqueça
dessas pequenices
que preenchem sozinha
um espaço sem fim
pra lembrar o que
dar pra aprender
com ou sem o bunito
ou feliz no fim
espio pois que
as lembranças que
cultivo,
são sementes
valiosas
e não tenho medo
que em meio a esses brios
e anseio febril pela
buniteza alheia
seja pega em
flagrante
com olhar errante a
capturar essências
de movimentos para
um pouco mais feliz ficar
deixo pra lá
porque o silencio
faz meditar
e ajuda também a
cuidar
o que vejo e guardo
mesmo que em pedaços
soltos
depois junto num
mosaico
e colo com letras
travessas uma poesia
de alegria
às vezes fruto de
uma timidez
outras falta de vez
outras por um sem
jeito
que transpira o
afeito
coração
sussurrando no peito...
um pequeno deleito.
para não deixar
vazio,
espio.
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