Selasa, 08 September 2015


Espio

aquieto-me porquanto o momento pede
silencio-me pois minhas palavras ditas são apenas de tinta
para cobri papéis brancos de preto
e descansar a voz
deixar que o sobejo
saia em forma de entrenós,
estrofados traquejos.

mas, espio!
Os olhos mais do que nunca vigiam.
estes devem se fechar de vez em quando,
mas estão atentos
brincam de olhar de soslaio
fingem querer pescoçar o outro lado
ou passar o tempo,
mas na verdade
quer enxergar o outro canto
é atraído pela beleza e simplicidade
como imã que atrai bunitezas
esparramadas e desapercebidos encantos,
sutilezas..

sigo a canção...

espio porque a beleza é grande
de uma imensidão
que chega a gerar coisa feia como egoismo
por querer os olhos ficar a olhar
e a buniteza quere tocar
ou pelo menos no perto está
para um bem maior me contagiar

então, espio.
Espio para assegurar que a memória não se esqueça
dessas pequenices que preenchem sozinha
um espaço sem fim
pra lembrar o que dar pra aprender
com ou sem o bunito ou feliz no fim

espio pois que
as lembranças que cultivo,
são sementes valiosas
e não tenho medo que em meio a esses brios
e anseio febril pela buniteza alheia
seja pega em flagrante
com olhar errante a capturar essências
de movimentos para um pouco mais feliz ficar
deixo pra lá

porque o silencio faz meditar
e ajuda também a cuidar

o que vejo e guardo
mesmo que em pedaços soltos
depois junto num mosaico
e colo com letras
travessas uma poesia
de alegria
às vezes fruto de uma timidez
outras falta de vez
outras por um sem jeito
que transpira o afeito

coração sussurrando no peito...
um pequeno deleito.

para não deixar vazio,
espio.

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