Gozei bem gozado
Com um sorriso de soslaio
E o prazer espalhado
Com cara de abestado nordestino
Daqule que desde minino ouve falar mal
Do seu estado do seu natal
Na cidade ou na roça,
Ainda no quintal
O que importam o falar mal de lá
Se eu cá no meu canto
Consigo cantar dançar e trabalhar,
Ou melhor trabalhar, trabalhar
E ainda dançar, cantar e bebericar
Gozar!
A vida sendo curtida
Apimentada ou não em suas lidas
É sempre bem vivida
Com soriso largo espalhado
E atarrachado
De braços aberto até mesmo
Pro paspalho
Que inciste em cismar e invejar
A criação da rede pra se deitar
É que lá no sul num há tempo de se estirar
Lá poucos sabem o que é gargalhar
Se empasinar de abraços, cantigas
E contos populares dos arraiá
Mas sabem que é do lado de cá
Que tudo se põe a dançar
Quebrando e remexendo de todos os jeitos
Com os trejeitos mas simples de se amar
É assim que se insina a gozar
Rir sem medo de ter que chorar,
Mesmo sabendo de todo pezar
Alguma coisa boa a gente sempre tem pra esparrama
Da música aos costumes popular
Que variam daqui acolá
É festa que não se acaba
se faz do dia-a-dia
E nisso não precisa estripolia, bebida e osadia
Pois que essa tal feliz idade contemplada
Por essa gente
Contente
É de um dentro perrmanente
Abastecido de amor e diversidade
Simplicidade e até mesmo
Reciprocidade.
E
se vinher de mal jeito
se vinher de mal jeito
E desespeitar essas cores de um leito
Que ao mesmo tempo que fornece
A água para sua sede matar
Pode se armar, se fechar
E secar.
Divide o que parece brinde
Para todos que estejam dispostos
A compartilhar,
E ai daqueles que querem só tomar!
O negocio é respirar
E sentir essa energia boa que paira no ar
E há de lhe contagiar!
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