De um passo para o próximo
De uma imagem para a outra
Enquanto o parado circunda toda aquela velocidade com que se foge das mentes
Que vagam a procura do perdido
São passos encaminhados sem sentido ou proposta
Fogem para lugares
Esquivam dos mares
De idéias que aparecem
Mergulham na praia de vaidades
São direções de caminhos que não querem se cuidar..
São vícios que querem continuar
Afinal, as pernas não param... vagam... correm... escorrem em lagos de lágrimas
Ficam a girar no circulo vicioso que é a água evaporada de sentimentos misturados de ingenuidade e descaso com o acaso real
A fuga insana da música que toma conta das imagens
Que se apegam as paisagens
E se misturam nos vãos do coração que acelera a cada passo
Passo passo, mais um, passo...
Não se chega, só se vai
Para o lugar de onde se sai.. o local onde não se cai
O caminho se desmonta em quebra- cabeças desfigurados para que os passos não passem do limite de seu formato.