As estradas estreitas se prolongam e ramificam
Como raízes de árvores contorcidas
E todo o chão se distingue apenas com as marcas deixadas de rastros
O desenho que se forma não vira uma árvore, porém uma espécie de onda
Que mancha a areia que flutua ao vento
A água que acompanha os passos
são as nobres gotas que escorrem com o secar dos arredores perdidos em miragens
Que guiam a caminhada pelo deserto
Caem lenta e continuamente, rara, porém, consegue alagar e matar a sede dos
Brios que seguem retirantes projetando um reflexo real
E enquanto o movimento do vento carrega e dispersa a areia
apagando o tracejar do passado aos poucos
A luz quente que insola e seca, e cria a resistência, mantém as
Figuras imaginárias para que no entardecer
De uma noite gélida
As formas tornem em sonhos a resguardar-lhe a fronde
E se juntam a luz de pontos luminosos mais lua
Para no infinito alcançar o desejo do realejo.